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O Sibilar da Serpente - parte 2

            NShIQVTh KNKBIM, beijos das estrelas, tem o número 964.  Isto os identifica com HMLKVTh RA-HVVR-KVIT, o Reino de Ra-Hoor-Khuit, “a criança Coroada e Conquistadora”.  Existe uma identificação também com VHIIThM KALHIM DOI TVB VRO, “e seremos como deuses, conhecendo o Bem e o Mal”; a promessa da Serpente do Eden com respeito ao fruto da Árvore do Conhecimento (Genesis, 3, 5).  Esta experiência ocorre quando a Serpente Hadit é “erguida em teu coração”.  Realmente, uma mais correta descrição dos beijos das estrelas, NShIQVTh HKVKBIM, soma 969, e este é o número de OLITzVTh HNChShM, a “exaltação da Serpente”.  E o ultimal silvo de sua raptura é:

 

“Venha!  Erga teu coração e regozija-te!  Nós somos um; nós somos nenhum.”

 

            Talvez a grande experiência destas poucas linhas sobre um trabalho que poderia se estender ao infinito é que, o Liber AL oculta (revela) uma manifestação de algum tipo de Força não conhecida pelos homens, uma força transplutoniana, extraterrestre.  Talvez a nossa conclusão final é que qualquer tipo de manifestação de um determinado deus que se diga como tal seja falsa por si só.  Existe a Manifestação de algo que jamais se desvela, mas que se utiliza da manifestação, propriamente dita, para comunicar ao homem o Conhecimento e Deleite da Serpente.

            Um trecho que sempre nos chamou a atenção e que até hoje nos fascina no Liber AL é:

 

“Existe um esplendor em meu nome oculto e glorioso, como o sol da meia-noite é sempre o filho.”

AL, III, 74.

 

            Não faremos mais nenhum estudo cabalístico, mas esta parte deixa subentendido que existe uma Manifestação, não manifestável, que foge a compreensão de qualquer estudante ou Besta.  Assim, a nossa conclusão final é que o Æon Silencioso teve início e que cabe a cada Iniciado procurar desvelar o silvo da Serpente Flamejante, e que realmente a Palavra do Æon está oculta no Terceiro Capítulo do Liber AL: o mais enigmático, instigante e hermético texto já entregue aos homens.

            Seria uma tolice nossa querer desvelar tais mistérios, porém nos contentamos com o pouco que pudemos desenvolver neste trabalho, pois só aqui já existe um trabalho para toda uma vida.  Atingir os segredos aqui colocados já nos eleva além do imaginado, mas o imaginado ainda é muito pouco diante tanta Beleza.

 

 

Amor é a lei, amor sob vontade.

Este texto aqui publicado é em Memória ao meu amigo Euclydes Lacerda de Almeida.

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